A cadeira dura acalenta suas brincadeiras
A voz do quadro branco desarma suas piadas
A farda tira o brilho do batom vermelho
As regras tosam suas gargalhadas
Não lhe interessam as bactérias ou o clima da Europa
Subordinado é você à oração imposta pelos jalecos
A sede pode ser pretexto para a liberdade
Os amigos aliviam as obrigações
Sua ideia é de tempo perdido
Pouco interesse no futuro do verbo estudar
Sujeito de felicidade criando regras próprias
Desconhece as graças desses momentos
Não desmereça, aluno, as pequenas lições escolares
Serão capazes de diminuir as dores, de matar a fome,
De levar a sonhos, de mostrar o mundo
Poderão certificá-lo para a vida
Caleje os dedos escrevendo sua história
Dobre aos bons conselhos
Corresponda os anseios dos seus pais
E seja mestre da sua própria vida
Luciane Dias
3 comentários:
Que lindo poema... só um bom educador é capaz de escrever algo tãor real. Parabéns!!!
Belo poema. Vc tem muito talento. Um abraço
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