quinta-feira, 24 de maio de 2012

SOLO DA VIDA

Terra dura e árida
Era um solo infértil
Terra dura e árida
Era um solo infértil
Toda semente lançada era perdida
Não tinha olhos verdes que florescesse ali
Nascentes lacrimosas se houvera algum dia, a muito tinha secado
Era descrença e abandono...
Só o vento ainda lhe sussurrava
Um tufão fez surgir erosões
Veio à tona o subsolo...
Cheiro categórico de vida ecoou no ar
Vendo seu intimo remexido
O solo aplaudiu os pingos azuis de sentimento
Sementes ensopadas se aconchegaram a terra
Em oração pediram sol.
Adubada pelas mãos de anjos
Que apareceram em forma de amigo
Fez-se vida...
Árvore frondosa e frutífera
Enquanto suas asas, anjo amigo, fertilizarem meu calendário
Frutos eu darei.

Luciane Dias

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