domingo, 26 de julho de 2009

SOU

Sou tudo e sou nada...uma mistura do mundo, dos sentimentos, de cada momento...
Sou a textura do pôr do sol, uma luz que no fim do dia se esconde do bem e do mal e no contraditório se alvorece sujando o orvalho...
Sou a largura de um lago profundo misturando relações, confrontos, desacordos...da forma mas pirracenta de mostrar ao mundo que minha idéia é centro da minha razão. Uma razão rasa de veracidade, de concretude, de fidelidade...
Morro na fogueira, fazendo queimar comigo os meus pensamentos, na pura certeza de que são tão límpidos como a água de uma cachoeira...e que façam o barulho da qued`água, mas se preciso for que tenha a força de um vulcão...
Pois se água não volta atrás...que a larva queime e transforme o que foi dito numa pedra e daí que ela possa ser lapidada pelo tempo.
O tempo cura, perdoa, limpa e configura uma nova pessoa. Então, sou nova....porque tento me compor em pequenos versos escritos no dia -a- dia.
Tenho como profissão ser mestre de obras... Construindo erros e acertos e em proporções diferentes, alegrando ou frustrando pessoas que convivem comigo.
Com martelo e prego vou batendo daqui e dali, tentando realizar o castelo dos sonhos, aquele chamado "felicidade"...
Sou a metamorfose da borboleta...num ciclo de bom e mau-humor, mas de uma curiosidade que o casulo é um pedaço pequeno do mundo que vai em minh`alma.
Anseio pela transformação desta em versos, em inteligência, em criação dividida com os amigos e os inimigos...
Sou assim...
E assim...eu e a vida, somos a forma mais simples de se complicar o mundo perfeito


Luciane Dias
26/jul.2009

terça-feira, 21 de julho de 2009

LIBERDADE

Liberdade

O que foi feito da liberdade
Seu conceito virou imoralidade
Não se encontra em nenhum relacionamento
Deve se criar curso de ensinamento

Ate os pássaros perderam o prazer de voar
Com medo de ao seu lar não poder retornar
Suas asas se aniquilam na gaiola
Onde suas penas nas grades se embolam

O vento parece ter parado no tempo
Ninguém vive mais a contento
A liberdade na vontade do outro se transfigurou
O quanto da vida se perturbou

Que se abram as jaulas
Que a euforia retome a calma
Figurando nas nuvens os desejos
Sol ardente queimando os desesperos

Que nas sombras do verde esteja a esperança
Da alegria de viver de uma criança
Que não se atempera aos moldes sociais
E busca a felicidade nas atitudes mais angelicais

Aonde vão estes passarinhos
Fazendo e desfazendo seus ninhos
Aos cantos do mundo e ao som de seu chiado
Mas, que possam ir procurando o mundo encantado.

Luciane Dias
18.05.08

terça-feira, 7 de julho de 2009

SOLIDÃO LATENTE

SOLIDAO LATENTE

Independente de quantos amigos tenha
Dos sorrisos que venha a dar
E tão altos que sufoquem a tristeza
Do dinheiro que esteja na carteira
Dos costumes chiques que cerque
O quanto se peque
Buscando algo ou alguém
Das pegadas que marcam a areia
Pensamentos em forma de teia
Ou ensolarados pelos desejos
Rabiscos que transmitem o que vai na veia
Sonhos e ensejos
Da chuva que lava a alma
Orações para que as lagrimas não caia
Brincadeiras de criança
Do quanto se preserve de esperança
Há sempre uma solidão
Madura e carente
Entre o eu e o universo
Que caminha latente e em comunhão.

Luciane Dias
24. jul/08

sexta-feira, 3 de julho de 2009

DESEJO ARDENTE


Quão farfalha uma alma
Revirando este desejo de palha
De fogo que queima e arde
Fazendo intenso este lado covarde

Tão guardado e enfraquecido
Este desejo vil
Revelando o lado angelical e tímido
Passando a vida por funil

Que se valha o risco da tentativa
O sabor e a cantiga
Do desejo em pratica

Que os sonhos sejam cinzas
Relatado em tintas
E evoque até as brasas intimas

17/05/2009

TEXTOS